Mostra trash (parte II)

por Roberta AR

Bastidores

O público da mostra era dos mais jovens que eu já vi num evento desses. Os organizadores até brincaram: “estamos criando o público do amanhã”. E parece mesmo que é isso que está acontecendo em Goiânia.

Gente jovem produzindo vídeos e com espaço para exibi-los. Montando suas bandas e com lugar para divulgar. Goiânia tem dois dos festivais independentes mais importantes do Brasil: o Bananada e o Goiânia Noise. Os dois produzidos pelos mesmos organizadores da Trash e que são também a turma da Monstro Discos.

Para quem não conhece, a Monstro Discos é dos mais importantes selos de música da atualidade, agora entrando no mercado europeu.

Nas barraquinhas dos expositores no lado de fora da sala de exibição podia se encontrar muitos ilustradores da cidade, grande parte deles fazem parte do grupo da Voodoo, nova revista de quadrinhos, também produzida na cidade.

No editorial da primeira edição os voodoos explicam a que vieram: “Preste bem atenção: esta é uma revista movida a ódio. Não aguentamos mais artistas plásticos cheios de opinião, publicitários engomadinhos, cineastas que nunca fizeram um filme, webdesigners analfabetos e quadrinistas cujo sonho é usar um nome em inglês pra desenhar super-herói vagabundo lá na gringa. Estamos de saco cheio! E por isso resolvemos fazer VOODOO!”.

Shows

No finzinho da programação do sábado foi realizada a festa Trash, com bandas de vários estados. Destaco o show do Rock Rockets que conseguiu botar para quebrar, num show muitíssimo empolgante.

Tocaram também Macakongs 2099, de Brasília, com um show hardcore de responsa, Os Legais, de Santa Catarina, Morangos Mofados, do Rio de Janeiro, e a banda local Johnny Suxxx and the Fucking Boys.

No domingo os participantes do workshop sobre o Terrir, ministrado por Ivan Cardoso, apresentaram seu trabalho e houve apresentação de vídeos até às 18h.

Ufa! Uma programação e tanto. Agora é só aguardar a próxima.

imagens extraídas do site da mostra: www.mostratrash.com.br