Uma vida em fuga

por Roberta AR Decidi fugir. Achei mais fácil do que ficar encarando coisas que não vão mudar mesmo. E a fuga acabou virando um estilo de vida, minha marca registrada. No começo, só fugia daquilo que era grande e medonho, hoje, qualquer coisa que doa é motivo. Quando eu era nova e resistente, aguentava ouvir … Continue lendo Uma vida em fuga

Infância pasteurizada e homogeneizada também no audiovisual

por Roberta AR Por que não incluímos a infância imediatamente ao falar sobre grupos não-hegemônicos em nossas críticas a modelos coloniais culturais que perpassam toda a sociedade? As crianças são as primeiras vítimas em qualquer crise, são alvo de toda e qualquer política de controle social, com projetos de escolas militarizadas, de fim da educação … Continue lendo Infância pasteurizada e homogeneizada também no audiovisual

“Mãezinha, vai furar o olho!”

por Roberta AR* Sim, este é mais um texto sobre como as mães são tratadas como incapazes e com condescendência Ontem, fui passear com meu filho pelas quadras perto de casa. Moro em Brasília, é tudo muito arborizado nos arredores e ele adora ficar mexendo em tudo o que vê, bichinhos no chão, flores, dentes … Continue lendo “Mãezinha, vai furar o olho!”

Desconstruindo Una: a sociedade não ouve as mulheres

por Roberta AR Minha leitura de fim de ano foi Desconstruindo Una, uma novela gráfica densa sobre mulheres que sofrem violência e como sua voz ecoa no vazio. O fio condutor do livro são os crimes de um assassino em série que matava mulheres em West Yorkshire, Inglaterra, entre 1975 e 1981. Una narra os … Continue lendo Desconstruindo Una: a sociedade não ouve as mulheres

Para educar crianças feministas: leia as sugestões de Chimamanda

por Roberta AR Um manifesto curtinho, com quinze itens fundamentais para educar uma criança sem as convenções culturais que fazem mulheres e homens serem tratados com diferença, um auxílio organizado para quem quer ajudar a cria a não reproduzir o machismo durante a vida e ser capaz de questionar valores tradicionais. Essa foi a intenção … Continue lendo Para educar crianças feministas: leia as sugestões de Chimamanda

Nega Lilu e a nova literatura do Goiás

por Roberta AR Republicamos esta entrevista, que é de 2017, mas traz ainda pontos importantes sobre a produção cultural e literária fora dos principais centros brasileiros. Desde que este texto foi publicado, surgiu a Feira E-cêntrica entre outras muitas iniciativas que tem a Nega Lilu como epicentro. A produção literária de Goiás tem Cora Coralina, … Continue lendo Nega Lilu e a nova literatura do Goiás

A clínica da Monga é uma experiência do pensamento em imagem sequencial

por Roberta AR Uma experiência psicanalítica sem palavras, acho que assim posso descrever rapidamente palavras o intrigante quadrinho A espetacular clínica da Monga apresenta: caso original, de Tai Cossich, recém lançado pela Lote 42. Página de A Espetacular Clínica da Monga Apresenta Caso Original No cenário, temos uma poltrona, onde senta o psicanalista, e um … Continue lendo A clínica da Monga é uma experiência do pensamento em imagem sequencial

Amazon e o barato que sai caro

por Roberta AR Bilionários não deveriam existir. Acho que este é o pensamento que mais tem me assolado nestes tempos pandêmicos (junto com o medo de morrer e a luta contra a sobrecarga do trabalho doméstico sobre as mulheres). Mas daí que bilionários só são bilionários porque sabem nos envolver nas ondas do marketing que … Continue lendo Amazon e o barato que sai caro

QP, um quadrinho sobre relacionamento de Powerpaola

por Roberta AR Esse é um quadrinho sobre um relacionamento. Em QP, Powerpaola reúne várias histórias que aconteceram durante seu relacionamento com Q., que foi de 2006 a 2012. Tem sido cada vez mais raro ver gente falando de relacionamentos passados de maneira tão serena quanto vi nesse livro. Este é um livro sobre seis … Continue lendo QP, um quadrinho sobre relacionamento de Powerpaola

As mulheres em Mensur

por Roberta AR Mensur é uma prática de esgrima em que os dois lutadores devem acertar o rosto um do outro com espadas afiadas. Começou a ser praticada no início do século XX, aparentemente, por grupos de universitários alemães, que exibiam suas cicatrizes na face como troféus. Uma coisa máscula. Esse também é o nome … Continue lendo As mulheres em Mensur

Em busca da primeira quadrinista brasileira

por Roberta AR (texto de fevereiro de 2016) Um belo dia acordei com uma questão na cabeça: quem foi a primeira mulher a fazer quadrinhos no Brasil? Porque o primeiro homem é conhecido, tem prêmio com o nome dele e tudo por aqui. Os primeiros quadrinhos brasileiros foram publicados na segunda metade do século XIX … Continue lendo Em busca da primeira quadrinista brasileira

Olga, a sexóloga vol. 2: a volta da taradóloga

por Roberta AR Eu comecei a escrever mais sistematicamente sobre quadrinhos feitos por mulheres faz pouco mais de meia década e uma das primeiras resenhas que escrevi foi sobre o primeiro volume de Olga, a sexóloga (o texto pode ser lido aqui), personagem que eu tinha acabado de conhecer. O trabalho da autora, Thaïs Kisuki … Continue lendo Olga, a sexóloga vol. 2: a volta da taradóloga