Quinze anos de Facada… e vou aproveitar para registrar aqui, oficialmente todo o mérito da minha querida editora-amiga-irmã Roberta AR. Às vezes temo levar crédito por essa obra que é muito, muito, fruto da visão e empenho dela! Tá… eu não fui pautado para ficar jogando confete: hoje é dia de podcast e videocast, bebê.
Pois então, ao longo desses anos, a Roberta conseguiu criar um cantinho de liberdade e criatividade… E, mais do que isso, preservou a independência do nosso zine. Tá, chegou a hora de eu entrar na história. Estive no começo do Facada… meu primeiro texto ainda está lá… Quatro de outubro de 2005. Caramba… Olhando a timeline das minhas contribuições, confesso que ainda bate um certo peso na consciência pelas enormes lacunas que deixei. Como um pai ausente, aparecia uma… duas vezes ao ano para ver a cria. Postava alguma coisinha… e sumia. Aí quando o rebento estava taludo, eu voltei pra ficar – rs…
E a amizade e o contato com a Roberta nunca cessou. Muito menos a admiração pelas posturas dela… pela história dela… pela cultura dela…
Acho que dá para estimar que esse meu retorno, se deu há cinco anos… Naquela época, o Facada estava comemorando sua primeira década. Não sei porque cargas d’água eu tinha um gravador de áudio todo emperequetado e foi com ele e com o Skype que fizemos sete edições do Facadacast! Seis delas estão no ar e podem ser ouvidas aqui. Ainda tem uma sétima que ficou sem finalizar, mas está toda captada! Será que um dia a gente finaliza o episódio perdido?
Eu sempre odiei a minha voz… e a minha gagueira que às vezes aparece… mas o ambiente do Facada era tão seguro que meti as caras! Tivemos conversas incríveis… Infelizmente, por minha alta inexperiência, não consegui manter o ritmo de edição e o podcast entrou em hiato!
Mais um tempinho se passou e a febre do audiovisual não passou… Fiquei matutando uma forma de trazer conteúdo em vídeo que não desse trabalho para editar e matei a charada: celular! Gravar e montar usando um aplicativo do celular… coisa que poderia fazer rapidinho, sem um computador que exigisse cortes de câmera… sincronização de áudio… muitos efeitos especiais…
Nesse tempo eu tava na febre dos jogos de tabuleiro! A vontade de falar era tanta que me joguei na frente da câmera! Aí tive que vencer todas as barreiras da timidez para me expor! Culpa também do ambiente seguro do Facada! Gravava takes únicos para a introdução, para o jogo montado na mesa e para as conclusões finais! No celular, colocava só uma vinhetinha produzida em outro app gratuito e compilava os takes em ordem!
Hoje temos quase 80 vídeos no canal! Alguns até que comecei a explorar outros assuntos… como jogos eletrônicos, música e histórias em quadrinhos… Aliás, quero começar a produzir mais sobre HQs!
Uma curiosidade: minha experiência no Facada foi que me encorajou a criar vídeos para meu trabalho oficial! E isso me abriu uma estrada imensa para que eu crescesse e me especializasse ainda mais na produção audiovisual!
E o Facada também ganhou com isso… acho… O trabalho com vídeo me colocou em contato com profissionais espetaculares e muuuuuuuito mais experientes que eu! E isso possibilitou retroalimentar o coletivo. Meus vídeos ganharam uma edição melhor (agora feitas no Premiere) e melhor som!
Que venham mais 15 anos de Facada!