Guarde bem este exemplo

por Roberta AR

Sr. V. sempre priorizou a carreira. Ele dizia que tinha que estar sempre alerta e ativo, porque dezenas de pessoas queriam ocupar o seu lugar. Por isso trabalhava entre 12 e 16 horas diariamente, provavelmente sem folgas, e exigia o mesmo comportamento dos seus subordinados, que, aliás, ganhavam muito menos que ele. Um dia disse isso abertamente a um empregado seu. Morreu um ano depois de infarto fulminante.

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Sr. O. sempre achou fundamental ser uma pessoa honesta. Para isso, nada melhor que o trabalho. Trabalhava sem folgas, férias, ou qualquer tempo para diversão e exigia o mesmo da sua família, que colocou para trabalhar bem cedo sem remuneração, porque, afinal, “tinham que trabalhar para o próprio sustento”. Sua fraqueza era mimar a caçula, da qual morreu devendo as últimas parcelas da faculdade e o casamento que nem conseguiu assistir. Também se foi por males do coração.