A infância exumada

por Antonio Souza* Havia algo de mau, havia algo de sádico em minha mãe e os seus jogos de pique-esconde. Na infância, morávamos perto de uma mata, na época, imensa pra mim. Eu era o preferido , era o escolhido sempre para acompanhá-la pela travessia desse local escuro, andar até a casa da tias. Minha … Continue lendo A infância exumada

Sanka

por Antonio Souza* Tudo é destruição, tudo é solidão, tudo não passa de um arremedo de vida. Mas o que importa? Apenas os deuses, apenas eles podem dizer que vivem. O deus Sanka, destruidor de vários mundos, chegou-se à janela de seu palácio e percebeu que a destruição que causara não traria nenhum benefício ao … Continue lendo Sanka

Quinze anos de Facada X

por Roberta AR Criado como um espaço livre para publicar, por mim e pelo André, o Facada sempre esteve aberto aos nossos amigos e a pessoas que se aproximaram para trocas interessantes. Começamos um ano depois do lançamento do orkut, que ainda era fechado apenas para convidados,  então muito do que foi postado no início … Continue lendo Quinze anos de Facada X

Poemas 4

por Antonio Souza* Esse açucar derramado , tão dificilmente engendrado na entranha da fruta. É um açucar desnecessario doçura inútil e dádiva mas no mundo de garras , presa e queixadasnão se ganha batalha com tal artimanha Seguir o exemplo do cardo agudez e espinho para defender a polpa A fruta se faz plena e … Continue lendo Poemas 4

Poemas 2

por Antonio Souza* Substância A metafísica e o medo construções suaves e diáfanas carne sutilíssima para esconder-nos o osso Surge o cristal, pedra que aprsiona e que toma o nome daquilo que apodrece Mas, dentro, após o tutano, muito além, talvez possamos encontrar o caroço, logo abaixo, sob o pantâno hiernando em seu exílio, abaixo … Continue lendo Poemas 2

Poemas

por Antonio Souza* Xícara  algo absurdo sem explicação de uma realidade concretíssima. uma xícara vazia em uma mesa solitária e abandonada por especulações metafísicas . Branca objeto sem uso, contendo imponderâncias sem perguntas. Exercendo a presença diante de niguém. Branca, vazia e xicara comunicando disfunções. Aberta esquecida em uma mesa, uma xícara em desuso, sem … Continue lendo Poemas